| 01 Governador critica Marina Silva e quer reunião com Lula para tratar da Ferrogrão.mp3 |
Foto da manchete: Reprodução Web
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
O governador Mauro Mendes mostrou descontentamento e cobrou reunião com o presidente Luis Inácio Lula da Silva para tratar da Ferrogrão, ferrovia que pode ser um dos principais corredores de exportação do Brasil pela Bacia Amazônica.
Ao participar do podcast na Aprosoja, Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso, Mendes fez duras críticas ao setor ambiental do governo federal, em especial à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Mendes afirmou que está chateado com o presidente da República, já que Lula chamou os governadores em Brasília e pediu que entregassem quatro projetos prioritários.
O governador explicou que levou ao presidente o projeto da ferrovia Ferrogrão, BR-168, BR-080 e da BR-242, e reclamou que até agora pouca coisa andou.
O governador acusa a área ambiental do governo de agir contra o projeto da ferrovia, impedindo o avanço por supostas preocupações ambientais e indígenas.
Segundo o governador, a ministra Marina Silva é contra o projeto. Ele classificou a posição da ministra de “pseudo-ambientalismo”. Ou seja, fala que defende o meio ambiente, mas, na verdade, defende interesses daqueles que jogam contra o Brasil.
Mauro Mendes ressaltou que é impensável alguém falar que está preocupado com o meio ambiente, abrir mão de uma ferrovia para queimar muito mais óleo diesel e colocar milhares de caminhões nas estradas.
Mendes rebateu os argumentos de que a Ferrogrão impactaria comunidades indígenas.
Segundo ele, isso não passa de narrativas mentirosas.
O governador afirmou ainda que já solicitou uma audiência com Lula para tratar do assunto, mas que aguarda há dois meses sem resposta.
De acordo com Mauro Mendes, conversar com Marina Silva não adianta, falar com o Ibama não adianta. Então vai tentar falar com quem decide para ver se resolve ou não.
Por outro lado, o projeto enfrenta uma série de obstáculos ambientais e jurídicos.
Estudiosos apontam que a ferrovia vai atravessar 17 unidades de conservação e pode atingir seis terras indígenas, além de três áreas com a presença de povos isolados.
A Ferrogrão vai ligar Sinop, em Mato Grosso, a Miritituba, no Pará, com cerca de 930 quilômetros de extensão.
A previsão é que a ferrovia tenha 300 quilômetros de extensão na região Norte de Mato Grosso e aproximadamente 630 quilômetro