Em maio, a inflação dos mais pobres foi quase duas vezes maior que a dos mais ricos

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Foto da manchete: Marcelo Camargo - Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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A alta nos preços de bens e serviços monitorados pelo governo, como energia elétrica, gás, combustíveis e medicamentos, fez a inflação dos brasileiros mais pobres encerrar o mês de maio quase duas vezes maior que a dos mais ricos, segundo dados divulgados pelo Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

 

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou uma aceleração da pressão inflacionária na passagem de abril para maio em todas as faixas de renda.

 

No entanto, a pressão foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a mil.650 reais: a variação dos preços passou de 0,45% em abril para 0,92% em maio.

 

Entre as famílias de renda mais alta, que recebem mais de 16 mil reais por mês, a inflação saiu de 0,23% em abril para 0,49% em maio.

 

Entre os de renda média alta, com rendimento domiciliar mensal entre oito mil e 16 mil reais, a inflação acelerou de 0,20% para 0,75% no período.

  

Os reajustes na energia elétrica, tarifa de água e esgoto, botijão de gás, e gás encanado pressionaram especialmente o orçamento das famílias mais pobres.

 

Também houve pressão dos custos da habitação, além dos aumentos da gasolina, etanol e gás veicular. Porém, entre as famílias mais ricas, o impacto dos reajustes dos combustíveis foi atenuado pela queda de 28,3% no preço das passagens aéreas.

  

A inflação acumulada em 12 meses até maio foi de 8,91% para as famílias mais pobres, patamar bem acima dos 6,33% observados no segmento mais rico da população.

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