Em depoimento devastador, Cabo Gerson envolve Pedro Taques e membros do Ministério Público no esquema de grampos clandestinos

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Da redação: Sapicuá Rádio News - Voz: Vinícius Antônio

O juiz da Décima Primeira Vara Criminal Especializada em Justiça Militar, Marcos Faleiros, ouviu nesta quarta-feira, o depoimento do cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa Júnior, que foi reinterrogado no caso que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. 


Na terça, foram reinterrogados o ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa, e o coronel Evandro Lesco. Os dois confessaram participação nos crimes e também o envolvimento de membros do Ministério Público no caso.
 

Durante a oitiva, o cabo Gerson entregou um documento para o juiz Marcos Faleiros, listando 15 operações que, segundo ele, foram realizadas com o uso de grampos ilegais pelo Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

Correa citou ainda que existia uma verba secreta no Gaeco. E garante que não havia qualquer controle sobre o uso e prestação de contas do dinheiro no âmbito do Gaeco.

"Vi Célio Wilson consertar moto particular com dinheiro da verba secreta. Marcos Regenoldi comprou cães, Marco Aurélio comprou rastreador. Vai me dizer que isso não é desvio de finalidade?", questionou o militar.

 

Gerson reafirmou que o ex-governador Pedro Taques e o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, sabiam e coordenavam as escutas ilegais. 

Segundo o Cabo, pelo menos 120 terminais telefônicos foram grampeados ilegalmente em Mato Grosso antes e durante a gestão do ex-governador Pedro Taques.

Na relação de grampeados estão políticos, servidores públicos, jornalistas, advogados e até a amante do ex-secretário Paulo Taques.

A deputada estadual Janaina Riva, do MDB, aparece entre as pessoas grampeadas ilegalmente pelo esquema.

Na avaliação da deputada, os depoimentos dos militares expuseram uma “banda podre” do Ministério Público e que a instituição, que deveria zelar pelos direitos dos cidadãos, teria patrocinado os grampos ilegais e violado o direito fundamental à privacidade de centenas de pessoas.

Janaina quer que o procurador-geral de Justiça do Estado José Antônio Borges vá a Assembleia Legislativa prestar esclarecimentos sobre a suposta participação de membros do Ministério Público no esquema de grampos ilegais.

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