Deputados “emparedam” controlador da CGE e cobram informações sobre vazamento de relatório sigiloso

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Foto da manchete: DA PRESIDÊNCIA/ALMT

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

Texto do áudio:

 

Um clima de tensão tomou conta da Assembleia Legislativa de Mato Grosso nesta quinta-feira, durante audiência pública com o controlador-geral do Estado, Paulo Farias Neto, convocado para prestar esclarecimentos sobre o relatório que deu origem a uma investigação sobre supostas fraudes em emendas parlamentares.

É que uma matéria veiculada pelo portal UOL, revelou que 14 deputados estaduais, um prefeito e um secretário de Estado estariam sob investigação conduzida pela Deccor, Delegacia de Combate à Corrupção, por supostas irregularidades no uso de emendas parlamentares.

Paulo Farias negou que os relatórios da Controladoria-Geral do Estado tenham mencionado diretamente nomes de parlamentares ou valores de emendas.

O suposto esquema de desvio de recursos públicos investigado pela Polícia Civil teve origem na Operação Suserano, deflagrada em setembro passado.

A investigação aponta prejuízo superior a 28 milhões de reais aos cofres públicos por meio da destinação irregular de verbas destinadas a kits agrícolas.

A insatisfação entre os deputados é evidente, especialmente pelo fato de um documento classificado como sigiloso ter sido vazado para a imprensa.

Durante audiência, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, do PSB, afirmou que já enviou ofício ao Governo do Estado solicitando uma investigação rigorosa para apurar a origem do vazamento, que, segundo ele, compromete não apenas a imagem dos parlamentares, mas também o equilíbrio institucional e o direito ao devido processo legal.

O objetivo é entender como informações protegidas por sigilo legal vieram a público e se houve algum tipo de manipulação ou uso político das investigações.

Max Russi foi autor do requerimento de convocação do controlador-geral do Estado.