Crise financeira provocada pela pandemia faz endividamento dos brasileiros mais pobres aumentar

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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Com a redução do valor do auxílio emergencial e o mercado de trabalho afetado pela pandemia de coronavírus, o endividamento dos brasileiros mais pobres deu um salto e voltou a patamar recorde.

 

Em abril, 22,3% da população com renda de até dois mil e 100 reais se dizia endividada, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

Esse mesmo patamar de endividamento para a classe mais baixa só foi observado em junho de 2016, quando o Brasil enfrentava uma combinação de crise política e econômica por causa do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A série histórica do levantamento do Instituto começou em maio de 2009.

O aumento do endividamento marca uma importante mudança de trajetória.

No ano passado, com as parcelas de 600 reais do auxílio emergencial, pago pelo governo até dezembro, muitas famílias conseguiram ter o mínimo para sobreviver durante a pandemia e até puderam equilibrar o seu orçamento doméstico.

O benefício voltou em abril deste ano, mas num formato bem mais enxuto. Em 2020, o auxílio custou quase 300 bilhões de reais. Neste ano, está orçado em 44 bilhões.

A fraqueza da atividade econômica e, consequentemente do mercado de trabalho, deve fazer com que o orçamento das famílias ainda continue bastante fragilizado.

Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil tem ainda mais de 14 milhões de desempregados, o maior patamar já registrado no país.

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