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Maíra Heinen - EBC
Já são quase quatro meses desde o registro do primeiro caso de coronavírus no Brasil. No final de fevereiro, um homem que havia retornado da Itália foi confirmado para a Covid-19 e, a partir de então, os casos se espalharam de Norte a Sul do país.
No início, foi assim, contaminações importadas de quem viajou e passou por países onde o número de casos da doença estava cada vez maior. Mas, logo os contágios começaram a ser comunitários.
Muita gente, que inclusive já estava em quarentena, acabou pegando Covid-19 sem saber muito de que forma aconteceu. É o caso de Márcia Cabral e sua família.
A servidora pública mora em Fortaleza e estava de homeoffice, assim como seu marido. Uma das hipóteses de como a família pode ter pego a doença, foi a ida do marido ao supermercado, na véspera do Dia das Mães.
O supermercado também pode ter sido o local onde Luís Octávio Lima pegou a Covid-19. Ele também já estava de quarentena com a família, saindo apenas para as atividades essenciais, quando começou a apresentar os sintomas. Ele fala da dificuldade de fazer o isolamento em casa.
A aposentada Cláudia Sampaio, moradora de São José dos Campos, diz que a lição que fica, após ter pego a doença é não demorar para procurar ajuda médica.
O contágio pelo coronavírus acontece por contato com gotículas da pessoa infectada e é muito rápido.
Atualmente, com quase um milhão de infectados no país, na maioria dos estados, a curva de contaminação ainda é ascendente; mas, gestores já começam a liberar atividades econômicas e sociais, antes suspensas.
Segundo o infectologista Hemerson Luz, a melhor orientação é ainda ficar em casa.
O médico explica que os locais de maior facilidade de contágio são aqueles onde não há boa ventilação, onde não há garantia de distanciamento entre as pessoas e unidades de saúde.
Atualmente o país vive um aumento de casos em cidades do interior. De acordo com o Ministério da Saúde, ao final da última Semana Epidemiológica 24, 59% dos casos registrados da doença no país foram notificados em municípios do interior.
Em relação aos óbitos, também houve aumento na proporção de registros fora das capitais, com um percentual de 48% nessa mesma semana.