Clima seco preocupa agronegócio brasileiro e já impacta plantio da soja e feijão

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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O tempo seco tem sido uma das principais preocupações climáticas no agronegócio brasileiro, impactando diretamente o plantio de culturas importantes como soja e feijão.

A falta de chuvas já está atrasando o início da safra 2024/2025, o que causa tensão entre produtores.

Especialistas indicam que as previsões meteorológicas apontam para a continuidade desse clima seco nas próximas semanas, o que pode agravar ainda mais a situação.

No caso da soja, principal produto de exportação do Brasil, o atraso no plantio em estados-chave, como Mato Grosso, está pressionando o mercado à vista, aumentando a disputa entre compradores nacionais e internacionais.

Prêmios para o grão exportado, especialmente no porto de Paranaguá, registraram alta nos últimos dias, impulsionados por essa concorrência.

O feijão, que iniciou sua semeadura em agosto, também sofre com o solo seco, dificultando o avanço do plantio.

O setor de carnes, embora ainda não tenha sentido reflexos significativos nos preços ao consumidor, está em alerta.

A seca prolongada pode forçar pecuaristas a anteciparem o abate de gado, o que reduziria a oferta de animais nos próximos meses.

Analistas observam que, embora a demanda interna e externa continue firme, esse cenário pode resultar em aumentos de preços no final do ano e início de 2025.

Isso, sem contar os prejuízos regionais. No Pará, por exemplo, a quebra na produção de cacau, açaí, pimenta-do-reino e frutas, como o cupuaçu, já é estimada em 50%.