Cenário nacional e internacional potencializam crise na suinocultura brasileira neste início do ano

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Foto da manchete: Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Mesmo com o recente crescimento da produção de suínos e o salto de oferta ocorrido de 2019 a 2021, puxado pelo aumento da demanda chinesa, o Brasil vive este ano uma crise no setor de suinocultura, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos.

Um relatório divulgado pelo IBGE, sobre o abate de suínos, mostra que houve crescimento no setor de 9,12% no volume de produção de carcaças e 7,32% em cabeças abatidas no ano de 2021 em relação a 2020.

A associação diz que o excedente de carne suína no mercado interno em 2021, foi piorado por um momento de perda de poder aquisitivo da população brasileira, além do aumento no custo de produção que acabou acarretando o início da crise da suinocultura que persiste neste início de 2022.

A previsão para este ano era de um primeiro semestre de dificuldades na suinocultura, com o preço de venda do suíno em baixa e alto custo de produção.

O que não estava sendo previsto, era a piora desse cenário com a invasão da Ucrânia, e as sanções impostas à Rússia que acabaram provocando mais crises para o mercado.

Segundo a entidade, a suinocultura foi afetada de forma indireta, com aumento dos combustíveis, aumento da cotação dos grãos e falta de fertilizantes. Além disso, o custo alto de produção com o baixo preço de compra, dificultam ainda mais a recuperação do prejuízo acumulado no ano passado.

De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, a boa notícia em relação ao mercado nacional do setor, vem das cotações do suíno vivo e das carcaças no mercado brasileiro, que vinham despencando desde dezembro do ano passado, mas acabaram estabilizando nas últimas semanas, indicando que a pior fase de desbalanço entre oferta e procura já passou, mas ainda há dificuldades.

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