Casos de hanseníase avançam nas cadeias de Mato Grosso e pode virar epidemia

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Da redação: Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

Unidades do sistema prisional de Mato Grosso, entre elas a Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, estão em risco iminente de uma epidemia de hanseníase.

 A situação mais grave, até o momento, é a do Centro de Detenção Provisória, em Juína, onde 40% dos presos, seis agentes penitenciários e até familiares dos reeducandos tiveram diagnóstico positivo para a doença.

Casos de hanseníase também foram identificados na Penitenciária Florentino Leite Ferreira, “Ferrugem”, em Sinop.

O Governo do Estado ainda não sabe o número de detentos que tem a doença e também não oferece estrutura para o tratamento e acompanhamento deles dentro das unidades prisionais.

No presídio de Juína, 90 reeducandos, dos poucos mais de 230 detentos, estavam contaminados no início do ano.

A situação levou o juiz responsável pelo Centro de Detenção Provisória, Vagner Dupim Dias, determinar a interdição parcial da unidade.

O presídio está há mais de um ano sem médico e essa é uma das razões para o agravamento da doença, somada à falta de enfermeiros e agentes penitenciários, assim como a não adoção de medidas e controle necessárias pelos gestores.

Cenário apontado é de omissão por parte do poder executivo estadual em solucionar a situação, diz uma representação interna proposta pelo Tribunal de Contas do Estado. Segundo o documento, o risco é iminente para disseminação da doença.

O TCE pediu explicação e providências acerca do avanço da doença nas unidades prisionais e notificou o governo do Estado e as secretarias de Segurança Pública e de Saúde.

Segundo o órgão, no prazo de 90 dias deve ser realizado o diagnóstico de hanseníase em todos os presos da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, e no Presídio, “Ferrugem”, de Sinop.

De acordo com agentes penitenciários de Juína, a doença alastrou no presídio do município por causa da transferência de presos da Penitenciária da capital para lá. Eles afirmam que muitos presos já chegaram a Juina com Hanseniase.

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