| 08 Câmara Temática da Genética dos Zebuínos da Assembleia Legislativa realiza primeira reunião ordinária.mp3 |
Foto da manchete: Luiz Alves/ALM
Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
Texto do áudio:
A Câmara Setorial Temática da Genética dos Zebuínos realizou a primeira reunião ordinária nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa, com a palestra do zootecnista e pesquisador da Embrapa em Mato Grosso do Sul, Gilberto Menezes.
Na ocasião, foi debatida a visão e a experiência com ferramentas técnicas de melhoramento genético para produtores de pequeno, médio e grande porte.
O relator da Câmara e presidente da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso, Alexandre El Hage, afirmou que é preciso colocar em discussão o elo da cadeia do melhoramento genético.
El Hage lembrou que hoje o Brasil tem 66 milhões de fêmeas entrando no período de reprodução, mas somente 46% delas têm acesso à tecnologia de melhoramento genético.
Ele destacou que é preciso fazer com que os outros 54% acessem essas tecnologias para garantir não só uma carne de qualidade na mesa da população, mas também lucratividade para o homem do campo.
O pesquisador da Embrapa, Gilberto Menezes, explicou que o produtor rural não deve pensar somente em boi, mas em um agente gerador de alimento de alto valor para a humanidade.
Na opinião dele, o melhoramento genético passa pelo processo de aperfeiçoamento dos animais tornando-o mais produtivo, eficiente e lucrativo ao longo das gerações.
Já o diretor técnico da Acrimat, Associação de Criadores de Mato Grosso, Francisco Manzi, afirmou que Mato Grosso tem um rebanho muito grande, com mais de 32 milhões de cabeças de gado, mas ele está dividido entre muitas propriedades, cerca de 129 mil, sendo que 36% dessas tem até 50 cabeças.
Manzi destacou ainda que Mato Grosso, além de ter o maior rebanho bovino do país, também é o Estado que possui o maior número de produtores de plantéis com o melhoramento genético.
Segundo ele, a pecuária, principalmente a de corte, é baseada em cinco pilares importantes. A genética, a nutrição, o manejo, a sanidade e a gestão.
