Botelho quer estimular a produção de frutos do cerrado, entre eles o pequi.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa analisa, nos próximos dias, o projeto de lei que cria a ‘Política Estadual para o Manejo Sustentável, Plantio, Extração, Consumo, Comercialização e Transformação dos Frutos e Produtos Nativos do Cerrado Mato-grossense’.
A proposta é de autoria do deputado Eduardo Botelho, do DEM, o projeto visa identificar as comunidades que sobrevivem da coleta do pequi e de outros produtos nativos do cerrado.
O projeto prevê ainda criar mecanismos de incentivo à preservação das áreas de pequizeiro e outras espécies; realizar estudos para a recuperação da biodiversidade das terras públicas e devolutas abandonadas pelo uso do solo degradado, mas com potencial para projetos agrossilvipastoris.
Além de organizar as comunidades tradicionais em cooperativa nas áreas de reserva legal, para a coleta dos frutos.
“Queremos incentivar o cultivo, a extração, o beneficiamento, a transformação, o consumo e a comercialização de produtos nativos do cerrado dentro de uma política voltada para o desenvolvimento sustentável desse rico bioma brasileiro”, explicou Botelho.
O parlamentar destacou que o pequi já faz parte da culinária nacional, também no preparo de temperos, molhos, óleos, aguardente, licor, cosméticos e remédios.
A proposta visa também desenvolver experimentos e pesquisas voltados à produção de mudas; pesquisar os aspectos culturais, folclóricos e os componentes nutricionais e medicinais do pequi e demais frutos do cerrado.
Botelho defende ainda a industrialização desses frutos, gerando emprego e renda com preparos de doces, licores, batidas e outros derivados.
Se virar lei, também será criado o selo que identifique a área de produção e a qualidade para incentivar a comercialização do produto.
Pelo projeto, fica proibido o desmatamento em áreas com potencial produtivo de frutos para uso sustentável e econômico através do extrativismo.
São mais de 10 tipos de frutos comestíveis, com destaque para Pequi, Buriti Mangaba, Cagaita, Bacupari, Cajuzinho do cerrado, Araticum e as sementes do Barú.