Aumento alarmante do número de crianças acima do peso preocupa especialistas

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Da redação - Sapicuá Rádio News

Considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde, a obesidade vem sendo debatida por médicos e especialistas da área.

O alerta é que a doença crônica pode ser causada por maus hábitos alimentares, falta de exercícios, fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

 “O mundo está obeso. A obesidade é a doença mais comum na faixa etária pediátrica”, afirma a pediatra Natasha Slhessarenko, médica credenciada ao Mato Grosso Saúde, plano de saúde dos servidores do Estado de Mato Grosso.

Ela conta que, segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE, Instituto Brasileiro Geografia e Estatística, uma em cada três crianças brasileiras, entre cinco e nove anos, está acima do peso. Pela prática médica, a especialista nota que o problema já começa antes mesmo dos cinco anos de idade.

Os números oficiais são alarmantes, mas segundo Natasha, a questão pode ser contornada com hábitos saudáveis e disciplina de toda a família.

A obesidade é uma doença cuja causa não é única nem uniforme. Cerca de 95% dos casos são ligados ao ambiente em que a pessoa vive, com seus hábitos alimentares e sedentarismo.

No entanto, há uma parcela que sofre de causas endócrinas e efeitos colaterais do uso de medicamentos, ou de síndromes genéticas raras.

Independentemente da origem, a saúde da criança obesa fica prejudicada tanto no nível físico quanto no psicológico.

Natasha ressalta que a dinâmica social de uma criança obesa pode resultar em distúrbios psicológicos e mesmo em doenças mentais.

 “Há uma estigmatização social, com a invenção de apelidos humilhantes e a exclusão de atividades simples como jogar bola. Não é raro isso acarretar em depressão na infância”.

A consequência mais preocupante é o desenvolvimento de doenças crônicas como o aumento do colesterol, resistência insulínica, pré-diabetes, diabetes, aumento da gordura no fígado e hipertensão, além do risco aumentado de eventos cardiovasculares como o AVC e o infarto.

Vale destacar, ainda, que crianças cuja obesidade não seja tratada tendem a se tornarem adultos obesos.

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