Assembleia Legislativa convida chefe do Ministério Público para explicar denúncias de envolvimento de promotores com os grampos ilegais.mp3 |
Da redação: Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Em reinterrogatório realizado esta semana, na 11ª Vara Criminal Especializada em Justiça Militar, em Cuiabá, o cabo PM Gerson Correa além de apontar o ex-governador Pedro Taques e o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, de responsáveis e financiadores dos grampos telefônicos clandestinos, ele revelou o envolvimento de alguns membros do Ministério Público Estadual no esquema criminoso.
Segundo o advogado do cabo Gerson, Neyman Monteiro, o seu cliente, apresentou provas e caminhos nas denúncias feitas contra membros do Ministério Público Estadual.
“Na minha opinião, o Ministério Público está sendo corporativista, porque todas as provas estão colocadas. É só querer investigar. Parece que o MP não quer cortar a própria carne. A grande verdade é essa”, avaliou o advogado.
No depoimento, o cabo Gerson afirmou que membros do Ministério Público praticaram uma série de irregularidades, entre elas, a prática de escutas ilegais e uso indevido de uma verba secreta por promotores do Gaeco, citando inclusive a apropriação indevida de parte do dinheiro.
Durante o interrogatório, o cabo Gerson citou que seis promotores teriam praticado irregularidades no grupo. São eles: Marco Aurélio de Castro, Marcos Bulhões, Marcos Regenold, Samuel Frungillo, Célio Wilson e Paulo Prado.
Por causa da gravidade das denúncias feitas pelo cabo Gerson, a Assembleia Legislativa convidou o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges para prestar esclarecimentos sobre as revelações dos militares que depuseram esta semana no caso conhecido como "grampolândia pantaneira".
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, do DEM, o chefe do Ministério Público aceitou o convite, e vai comparecer na Casa de Leis na próxima terça-feira, dia 23 de julho, para prestar esclarecimentos sobre os fatos.