Alta no preço do milho cria dificuldades para produtores carne suína e de ovos

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Foto da manchete: Agência Brasil

Por Jurnadir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Se os produtores de carne suína e ovos já enfrentavam dificuldades desde o começo da pandemia por causa da alta das commodities, a guerra se tornou motivo extra de preocupação.

 

Com a Ucrânia e a Rússia sendo, respectivamente, o quarto e o sexto maiores exportadores de milho, a cotação disparou nas primeiras semanas após a invasão russa.

A média do preço da saca ficou em 99 reais e 69 centavos, valor que não se via desde maio de 2021 e quase o dobro do registrado dois anos atrás.

Agora, porém, há sinais de trégua no mercado, o que pode garantir, ao menos temporariamente, um alívio aos produtores de proteína animal.

Por enquanto, o preço médio da saca de milho é de 90 reais e 22 centavos, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, Universidade de São Paulo.

Além da desvalorização do dólar ter ajudado nesse recuo, a expectativa de que a segunda safra deste ano no Brasil será boa reduziu a pressão no preço.

Terceiro maior exportador de milho, o país deve ter uma oferta 46% maior na segunda safra de 2022 na comparação com a de 2021, segundo estimativa divulgada na semana passada pela Conab, Companhia Nacional de Abastecimento.    

Ainda que haja indicativos de uma melhora para os produtores de proteína, a tendência é que os preços também não recuem muito mais. No mercado futuro, a cotação fica entre 86 e 87 reais até o fim do ano.

Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, os preços devem se manter elevados até o início de 2023.

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