Água consumida pela população de 30 municípios de Mato Grosso é considerada “coquetel tóxico”

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Da redação - Sapicuá Rádio News

O Ministério Público Estadual instaurou procedimento para apurar a presença de agrotóxicos na água fornecida pela rede pública de abastecimento de Cuiabá.

 

O MP deu 10 dias úteis de prazo, para a concessionária Águas Cuiabá responder se a água consumida pela população cuiabana está mesmo contaminada, e quais providências eventualmente estariam sendo tomadas para sanar a irregularidade e adequar o produto aos padrões de potabilidade.

 

A portaria é assinada pelo promotor Gerson Barbosa, da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa Ambiental, da Ordem Urbanística e do Patrimônio Cultural da Capital. 

 

A determinação do Ministério Público considera testes realizados pelo Ministério da Saúde entre os anos de 2014 e 2017, que apontaram a presença de 27 agrotóxicos na água que abastece Cuiabá, sendo 11 deles associados a doenças como câncer, malformação fetal e distúrbios endócrinos. 

 

Para o Ministério da Saúde, a exposição humana a agrotóxicos representa um problema de saúde pública.

 

Conforme resultados da pesquisa, que constam no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, a mistura de diferentes agrotóxicos foi encontrada na água de uma em cada quatro cidades brasileiras. 

 

Em Mato Grosso, o denominado "coquetel tóxico" foi localizado em 30 municípios. 

 

Além de Cuiabá, entre as capitais com contaminação múltipla estão Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza a utilização de 514 agrotóxicos no Brasil, mas somente 27 são monitorados e passíveis de serem identificados na água.

 Dentre os permitidos no país, 150 são proibidos na Europa.

 

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