Voluntário de vacina da Janssen contra Covid-19 tem efeito adverso.mp3 |
Por Victor Ribeiro - Brasília
Além das vacinas da Fiocruz e do Butantan contra a Covid-19, outras duas estão na fase 3 de pesquisa no Brasil - de testes em humanos: a da Janssen e a da Pfizer. E um voluntário brasileiro que participava do estudo clínico da Janssen teve o que foi considerado “um evento adverso grave” nessa pesquisa. Os sintomas apresentados pela pessoa não têm relação com a vacina e, por isso, não são tratados como efeitos colaterais.
O evento ocorreu no dia 2 de janeiro. A Janssen comunicou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quarta-feira e a agência tornou pública a informação nesta sexta (8).
Em nota, a Anvisa informou que não houve necessidade de suspender a condução dos ensaios clínicos. Isso porque todos os voluntários recrutados já receberam a vacina de teste ou o placebo.
Na apresentação feita nessa quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a dizer que o Brasil tem interesse em todas as vacinas e, além da Fiocruz e do Butantan, negocia com outras quatro empresas farmacêuticas.
Uma delas é exatamente a Janssen. Pazuello destacou que o preço, a eficácia e o fato de ser apenas uma dose chamaram a atenção do governo. O problema é que o laboratório só vai disponibilizar 3 milhões de doses a partir de abril e outros 8 milhões só na segunda metade do ano.
A vacina da Moderna custa cerca de 10 vezes mais que a da Fiocruz; a empresa pode entregar 30 milhões de doses este ano, mas somente a partir de outubro. A da Pfizer tem uma lista de exigências para transferir ao governo toda a responsabilidade pelos efeitos da vacina e impedir que a empresa seja processada no Brasil por quem se sentir lesado. Pazuello disse que o objetivo é retirar essas cláusulas do contrato.
E o Ministério da Saúde também negocia a compra de vacinas Sputnik V, desenvolvidas pelo Instituto Gamalea, da Rússia, e que no Brasil tem parceria com a farmacêutica União Química.