| Vítimas de reinfecção pela covid-19 representam um pequeno percentual dos contaminados pela doença.mp3 |
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Estudo publicado no Reino Unido mostra chance 84% menor de pegar o novo coronavírus para quem já foi contaminado
Com mais de um ano de pandemia, os casos de reinfecção por covid-19 são uma das grandes preocupações no radar.
Em Mato Grosso, o próprio Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo e a primeira-dama, Virginia Mendes, foram reinfectados pelo novo coronavírus.
Um megaestudo publicado na conceituada revista científica The Lancet, na Inglaterra trouxe a resposta para a questão.
Mais de 25 mil pessoas participaram da pesquisa, que mirou profissionais de saúde.
Desse grupo, cerca de 17 mil profissionais ainda não haviam sido infectados, segundo testes que detectavam anticorpos. Outros oito mil tinham contraído o vírus e se curado.
E os resultados são animadores. Apenas 7,6 pessoas já contaminadas voltaram a testar positivo para covid-19 num grupo de 100 mil pessoas.
O intervalo médio entre o primeiro e o segundo contágio foi de mais de 200 dias, sugerindo que a "proteção" é válida por pelo menos sete meses.
A descoberta levou os pesquisadores a concluir que as pessoas que já testaram positivo para a covid-19 têm risco 84% menor de voltar a se contaminar.
O estudo mostra que infecções prévias de covid-19 induzem imunidade efetiva para futuras infecções na maior parte dos indivíduos.
Ainda segundo o estudo, mais de 90% dos infectados com o novo coronavírus desenvolveram anticorpos cerca de uma semana após os primeiros sintomas, e mantiveram os anticorpos por ao menos três meses.
A duração da "proteção", afirma o estudo, ainda é desconhecida, mas as novas descobertas mostram que pode durar por ao menos sete meses.
Uma preocupação ainda em aberto é a capacidade das novas variantes do novo coronavírus ampliarem a possibilidade de um segundo contágio.