Se o desmatamento e exploração não pararem o planeta vira um caos, afirma Raoni

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Foto da manchete: Tânia Rego / Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina

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O cacique Raoni, uma das principais lideranças do povo Kayapó, afirmou que a COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, é o momento ideal para chamar a atenção do planeta sobre a destruição da Amazônia.

O líder indígena mato-grossense definiu o encontro em Belém, no Pará, como “a chance de gritar” pela preservação da floresta e pelo respeito aos direitos territoriais dos povos originários.

Raoni destacou o caráter simbólico de uma cúpula climática realizada na Amazônia.

Segundo ele, a localização do evento reforça a urgência de medidas efetivas contra o desmatamento, mineração ilegal e outras formas de pressão sobre as terras indígenas.

O cacique disse ainda que este é o momento de mostrar ao mundo que proteger nossos territórios é proteger o planeta.

O líder indígena advertiu ainda que a continuidade da exploração predatória pode levar a consequências graves.

Segundo ele, se o desmatamento e a exploração não pararem, haverá caos neste planeta.

Raoni elogiou a criação do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, iniciativa voltada ao financiamento de projetos de conservação e monitoramento em áreas protegidas.

Para o líder Kayapó, o programa tem potencial para fortalecer a autonomia das comunidades indígenas na vigilância de seus territórios, oferecendo recursos diretos para ações de proteção e gestão.

Na conversa com o portal Sumaúma, Raoni cobrou coerência do governo Lula, criticando projetos como a exploração de petróleo na costa amazônica e a lentidão na demarcação das terras indígenas.

Raoni finalizou afirmando que seguirá na resistência. “Continuarei defendendo a floresta enquanto eu puder”enfatizou o cacique.