UFMT participa da experiência que resultou no nascimento do primeiro filhote de onça pintada por inseminação artificial.mp3 |
Uma parceria entre a Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso, cientistas da Associação Mata Ciliar e um zoológico dos Estados Unidos resultou no nascimento do primeiro filhote de onça pintada do mundo por inseminação artificial.
De acordo com a professora e pesquisadora Regina Célia Rodrigues, da UFMT, “o nascimento do filhote é um marco importante e fortalece a possibilidade de usar a reprodução assistida como uma ferramenta de preservação da espécie”.
A professora explicou que “a coleta de sêmen e a inseminação artificial podem ser usadas para propagar pares que não podem se reproduzir naturalmente devido a problemas comportamentais ou deficiência física.
Essa técnica pode viabilizar a reprodução entre onças que vivem em zoológico e na natureza, ajudando a preservar a população desses animais, ” explica Regina Célia.
Após a inseminação a fêmea pariu um único filhote saudável após 104 dias de gestação.
Monitoramento por vídeo mostrou cuidados maternos adequados nas primeiras horas. Mas, infelizmente, o filhote foi morto pela mãe dois dias após o nascimento.
Segundo a assessoria da UFMT, devido à caça descontrolada e a perda de habitats, o número de onças-pintadas diminuiu drasticamente em várias regiões do Brasil.
A espécie está classificada como "quase ameaçada", com uma tendência populacional em declínio na América Latina.