UFMT cria cartilha sobre uso de plantas medicinais contra a covid-19.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Professores e estudantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde da UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, criaram uma cartilha que reúne dados sobre as principais plantas medicinais e hábitos de saúde de comunidades tradicionais da região de Cuiabá.
O objetivo foi reunir as práticas dessas famílias com o conhecimento acadêmico disponível, para criar um guia de plantas e hábitos que podem auxiliar na prevenção e tratamento da covid-19.
A cartilha "Como posso aumentar a minha imunidade em tempos de Coronavírus" aborda o manejo, a higienização, prós e contras e preparo de plantas como eucalipto, jatobá, o alecrim, erva de santa-maria, moringa e outros; também traz uma checagem de "fake news" sobre cada uma dessas ervas.
Além disso, em sua segunda parte, o material aborda as propriedades medicinais e características nutricionais de alimentos tipicamente utilizados na culinária cuiabana, como banana, mandioca e cúrcuma ou açafrão-da-terra.
Trabalhamos em conjunto com profissionais das Unidades Básicas de Saúde nas comunidades de Nossas Senhora da Guia e do Aguaçu, fazendo o mapeamento das famílias, para identificar as práticas tradicionais que eles utilizam para cuidar da saúde individual e coletiva", explica um dos tutores do programa, professor Neudson Marinho.
"O que identificamos é que muitas famílias utilizam plantas da região, além de rezas e benzeções, em sua cultura de hábitos de saúde", completou.
A partir desse levantamento, os estudantes ficaram com a responsabilidade de catalogar as plantas que foram apresentadas e buscar o que já existia de conhecimentos científicos sobre a sua utilização.
"O conhecimento dessas plantas é importante, porque mostra a importância desses saberes que não são muito valorizados na sociedade.", afirma o estudante Daniel Henrique Rodrigues Perdigão, do 4º semestre de medicina.
"Participar do projeto me ajudou a ter uma compreensão mais ampla do que é saúde, pois evidencia que a mesma envolve também processos culturais, estilos de vida e hábitos", disse.