Teleatendimentos disparam no Brasil para casos de covid e influenza

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Foto: © Davidyson Damasceno/IGESDF

Por Lucas Pordeus Leon - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Diante da explosão de casos de covid e influenza nas últimas semanas, o número de atendimentos médicos à distância - a telemedicina - dobrou a cada 36 horas, segundo informou a Saúde Digital Brasil, associação que reúne 90% do mercado da telemedicina no país.

A organização informou que os teleatendimentos semanais para casos de influenza e covid saíram de sete mil para 15 mil entre o Natal e o Ano Novo. Já nos primeiros dias de janeiro, o número chegou a cerca de 50 mil consultas. Para Guilherme Weigert, do Conselho Administrativo da Saúde Digital Brasil, a teleconsulta traz benefícios para o paciente.

A teleconsulta só foi autorizada no contexto da pandemia da covid-19 para facilitar o acesso das pessoas aos profissionais de saúde. Porém, a prática ainda precisa ser regulamentada pelo Congresso Nacional.

O servidor público Paulo Henrique do Espírito Santo contraiu o novo coronavírus pela segunda vez e conta que a teleconsulta foi suficiente para conseguir acompanhamento médico.

O professor de Urgências Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, o médico Erick Barreto, opina que a teleconsulta trouxe benefícios no contexto da pandemia, mas ressalta que ela não é um substituto completo para as visitas presenciais.

O especialista Erick Barreto aponta ainda que a telemedicina traz um prejuízo em relação a interação afetiva e emocional entre o médico e o paciente, além de não ser acessível a toda população, a exemplo de pessoas idosas sem experiência com uso de tecnologias, ou pessoas sem acesso à internet.

Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi