Seis milhões de estudantes não têm acesso à internet em casa

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Por Solimar Luz - Rio de Janeiro

Seis milhões de estudantes não têm acesso à internet em casa, o que dificulta acompanhar aulas e outras atividades de ensino de forma remota. 

Os dados fazem parte da pesquisa ”Acesso Domiciliar à Internet e Ensino Remoto Durante a Pandemia", publicada nesta quarta-feira (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os números apresentados pelo Ipea, com base na análise de dados da Pnad Contínua de 2018, feita pelo IBGE, mostram que a falta de acesso é mais grave no meio rural, em relação às áreas urbanas.

O estudo  revela ainda que a Bahia é o estado com maior número absoluto de estudantes sem acesso à rede de computador, seguido pelo Pará, Maranhão, Ceará, São Paulo e Minas Gerais.

Os pesquisadores avaliaram a situação de alunos da pré-escola até pós-graduação, e verificaram as dificuldades e os caminhos necessários para conectar essa parcela de crianças e jovens, em sua maioria de instituições públicas de ensino. Entre as soluções apontadas está a universalização do serviço, de forma a garantir acesso às atividades remotas das instituições de ensino em seus vários níveis.

Na avaliação do economista e pesquisador do Ipea Paulo Meyer Nascimento, é preciso avançar nas políticas de acesso à internet e tecnologias para promover o ensino remoto, no atual contexto de pandemia de covid-19. 

Considerando o recorte racial e de renda, a falta de acesso à internet dentro e fora de casa reflete diretamente em prejuízos para alunos negros e de baixa renda, que vivem em comunidades e áreas vulneráveis do país. 

Edição: Ana Pimenta

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