Quem ganha salário mínimo trabalha quase três semanas para comprar uma cesta básica.mp3 |
Foto da manchete: Agência Brasil
Por Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Um levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Análise, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso, mostra que o valor da cesta básica na última semana de março, atingiu o valor de 722 reais e 13 centavos em Cuiabá.
Ainda segundo a pesquisa, o valor está 0,43% maior do que o verificado na semana anterior. O levantamento é feito com base em uma família de três a quatro pessoas.
O diretor de Pesquisas do Instituto, Maurício Munhoz, comparou o valor com o salário-mínimo dos brasileiros, que atualmente é de mil 212 reais.
Segundo o economista, o custo atual da cesta de produtos para subsistência da família compromete até 59,9% do valor de um salário-mínimo.
Ele comparou também o tempo de trabalho gasto pela pessoa para pagar a cesta básica. De acordo com Munhoz, são quase 131 horas no mês, ou seja, quase três semanas de serviço.
Entre os itens da cesta básica, o óleo e o pão foram alguns dos produtos que apresentaram maior aumento na variação semanal, com 4,87% e 1,8%, respectivamente.
Já o açúcar apresentou maior queda na variação semanal, de 20,9%.
Outro produto que tem feito estragos no orçamento das famílias é o gás de cozinha.
Segundo a ANP, Agência Nacional do Petróleo, o preço do botijão de gás de 13 quilos aumentou 27,73%. Saiu de um valor médio de 104 reais e 40 centavos em março de 2021, para 133 reais e 36 centavos em março deste ano.
Os valores cobrados variam entre 105 e 150 reais.
Entre os dias 20 e 26 de março a ANP analisou preços do botijão em Cuiabá, Cáceres, Sinop, Sorriso e Várzea Grande.
O botijão mais barato foi encontrado em Cáceres, 105 reais e o mais caro em Sinop e Sorriso onde o gás de cozinha custa 150 reais.