Produtos doados pela Assembleia Legislativa vão garantir trabalho para detentos de um presídio da capital

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Jurandir Antonio

Durante reunião na Casa de Leis, a Assembleia Social, antiga Sala da Mulher, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso entregou materiais para a produção de peças de crochê para presos do Centro de Ressocialização de Cuiabá.

A atividade é desenvolvida por 10 reeducandos do presidio, sendo nove homens e uma travesti. O trabalho com crochê garante aos detentos uma renda extra e a remissão ou redução da pena.

Os kits, entregues ao diretor do presídio, contém linhas de várias cores e espessuras, agulhas de crochê, moldes, revistas.

É o projeto “Crochetando Esperança”, em que parte da venda das peças desenvolvidas pelos presos será destinada ao próprio trabalhador, dividida em três contas: uma para o próprio usufruto, uma para a família dele e outra para quando terminar a pena e recomeçar a vida em liberdade.

Além dos artesãos de crochê, outros cerca de 500 reeducandos desenvolvem trabalhos dentro do Presídio da capital, entre as atividades está a construção de móveis e outros 100 detentos trabalham fora da prisão, em limpeza de espaços públicos.

“São 23 frentes de trabalho, tem até banda lá dentro”, conta, orgulhoso, o diretor da unidade prisional, Winkler de Freitas Teles

“O foco é transformar vidas. Estamos abrindo esta nova ‘frente de atuação’, contribuindo com este grupo em vulnerabilidade”, afirmou a diretora da Assembleia Social, Daniella Oliveira.

Segundo o secretário de Finanças da Assembleia Legislativa, Ricardo Adriane, o projeto “Crochetando Esperança” é oportunidade de reintegração dos reeducandos a sociedade.

“A gente não sabe o que acontece atrás dos muros”. “O trabalho que vocês estão desenvolvendo tem construído e reconstituído vidas”, elogiou Adriane.

A remissão de pena consiste em reduzir um dia de detenção a cada três trabalhados. Para usufruir do direito, cabe ainda estudar, escolha da maior parte dos cerca de 600 detentos que trabalham.

Atualmente, o Centro de Ressocialização de Cuiabá tem em cerca de mil e 100 presos.

 

Comentar

Texto puro

  • Nenhuma tag HTML permitida.
  • Quebras de linhas e parágrafos são gerados automaticamente.
  • Endereços de páginas da Web e endereços de e-mail se transformam automaticamente em links.