Presidio de Cuiabá tem 600 presos infectados com a Covid-19

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

Dois raios da Penitenciária Central do Estado, o segundo maior centro de detenção de Mato Grosso, estão isolados com 600 detentos infectados com a Covid-19. 

  

Prevendo um caos no sistema, se nada for feito por parte do poder público, o juiz Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá e corregedor das penitenciárias, decidiu que vai tomar medidas duras caso médicos e remédios não sejam enviadas para a cadeia.  

  

Segundo o magistrado, as Secretaria de Saúde, Segurança e Administração Penitenciária precisam agir rápido, tendo em vista que dentro do sistema penitenciário existem outros detentos e profissionais que podem se infectar caso as infecções aumentem.  

  

O magistrado disse ainda que não quer tomar medidas de soltura dos presos, mas se nada for feito, só sobrará essa alternativa, pois apenas nas unidades de saúde municipal e estadual os detentos conseguiriam atendimento médico.  

  

"Eu não vou enterrar presos lá dentro e nem quero fazer soltura em massa. Eu quero uma medida das nossas autoridades, que enviem médicos, enfermeiros, medicamentos e insumos para que os reeducandos possam ser tratados dentro do sistema", disse o juiz. 

  

Segundo o magistrado, os detentos não estão em estágio avançado da doença, mas para que não precisem ocupar respiradores e UTIs, eles precisam ser assistidos agora. 

  

Os 600 isolados fazem parte de uma ala, considerada calma, com presos evangélicos e outros em final de pena.  

  

Na decisão, encaminhada aos órgãos estadual e municipal, o juiz diz que a Penitenciária Central do Estado será uma unidade geradora de Covid-19 se nada for feito.  

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