PNAD Covid aponta que pretos e pobres são as maiores vítimas da doença em MT.mp3 |
Por Sapicuá Rádio News – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
De acordo com levantamento divulgado esta semana, pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, desde o início da pandemia até agosto, 310 mil pessoas já haviam feito algum teste para diagnóstico da Covid-19 em Mato Grosso.
Foram 155 mil homens e 155 mil mulheres. Em julho, quando a pesquisa divulgou esse tema pela primeira vez, 239 mil mato-grossenses haviam sido testados.
O total de pessoas com resultado positivo no teste aumentou de 66 mil, ou seja, 1,9% da população, até julho, para 79 mil, representando 2,3% da população, até agosto.
Os dados estão nos resultados de agosto da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios sobre Covid-19, a PNAD Covid.
Entre os testes para diagnóstico da doença, as pessoas poderiam ter realizado o exame com material coletado na boca ou nariz com o cotonete, foram 120 mil, sendo 33 mil com o resultado positivo; com o teste rápido com sangue coletado por um furo no dedo, aconteceram 108 mil exames, sendo 19 mil positivos. Já o exame com sangue retirado da veia do braço, foram 137 mil, sendo 40 mil positivos.
Em Mato Grosso, mais de cem entrevistadores do IBGE telefonam mês a mês para monitorar os cerca de cinco mil domicílios selecionados em 97 cidades.
Apesar do aumento no número de pessoas que fizeram os testes, o contingente daqueles que relataram ter algum sintoma de síndromes gripais diminuiu.
Pretos e pardos também foram os que mais testaram positivo para a doença em julho e agosto.
No último mês, 50 mil deles receberam diagnóstico atestando a doença, frente a 28 mil resultados positivos para pessoas brancas.
No que diz respeito à faixa de renda, o grupo mais afetado pela covid-19 foi o dos que recebem entre um e dois salários mínimos.
Em agosto, esse grupo de pessoas registrou 32 mil resultados positivos. Neste aspecto, os dados apontam para a vulnerabilidade dos grupos mais pobres da população.