Pandemia afeta mercado de trabalho para mulheres da América Latina

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Por Maíra Heinen - Brasília

A pandemia trouxe um retrocesso de 10 anos na participação das mulheres no mercado de trabalho na América Latina. É o que indica um estudo apresentado pela CEPAL - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - organismo das Nações Unidas. O documento aborda os efeitos da pandemia sobre o emprego e a renda das mulheres e propõe ações para a igualdade de gênero na recuperação.

Como efeito direto da pandemia, o relatório aponta que em 2020, 118 milhões de mulheres estavam em situação de pobreza; 23 milhões a mais que em 2019. Além do aumento do desemprego, as mulheres se viram com uma sobrecarga de trabalho doméstico três vezes maior que a de homens.

Entre as propostas para a retomada de uma economia com maior inclusão feminina, a Secretária-executiva da Cepal, Alícia Bárcena, destaca a necessidade de garantir às mulheres o acesso à internet, e de se manter os direitos trabalhistas no contexto de teletrabalho.

O estudo também mostra que as mulheres representam 73,2% dos trabalhadores em linha de frente no combate à covid-19, mas são as que ganham menos e as que menos ocupam lugares de direção e decisão. E aponta ainda a necessidade de um pacto fiscal com igualdade de gênero que dê oportunidades iguais de acesso a empregos para as mulheres.

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