OPAN alerta Funai e Sesai sobre situação preocupante da saúde na Terra indígena Marãiwatsédé

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Foto da manchete:  OPAN

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Por causas consideradas evitáveis, um bebê, uma gestante e uma jovem morreram recentemente na Terra Indígena Marãiwatsédé, que fica no nordeste de Mato Grosso. 

Além das mortes, a incidência de casos de desnutrição infantil e doenças respiratórias preocupam a população.  

A OPAN, Operação Amazônia Nativa, a partir do relato da equipe indigenista presente na Terra Indígena, comunicou a situação em detalhes aos órgãos responsáveis e solicitou urgência no acompanhamento e na resolução desse delicado quadro.  

Em carta enviada recentemente à Funai, Fundação Nacional dos Povos Indígenas, e à Sesai, Secretaria de Saúde Indígena, a OPAN também chamou atenção sobre a ausência de um coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Xavante e fragilidades na infraestrutura da saúde, em especial no que diz respeito ao transporte de indígenas das aldeias para o posto de saúde. 

A Terra Indígena Marãiwatsédé é um dos nove territórios do povo Xavante.

De acordo com o censo de 2022 do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população é de mil 160 pessoas. 

Em 1966, os Xavante foram retirados do território e só conseguiram retornar em 2004, sendo que a desintrusão de posseiros e fazendeiros só aconteceu em 2013. 

Nessas quatro décadas mantidos fora do território, cerca de 70% da vegetação nativa foi desmatada, afetando a segurança alimentar do povo.