Obras do BRT derrubam vendas e prejudicam 90% dos comerciantes da avenida do CPA

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antonio – Voz: Ana Rosa Lima

Texto do áudio:

 

Sondagem realizada nesta semana pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL, Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá, avaliou os impactos causados pelas obras do BRT sobre o comércio local.

O levantamento foi realizado nos dias 29 e 30 de janeiro junto a empresas situadas ao longo da Avenida Rubens de Mendonça, conhecida como avenida do CPA.

Do total, 90% dos empresários afirmaram que as obras impactaram negativamente seus negócios.

Entre os principais desafios, 87% registraram queda no volume de vendas e no faturamento.

Em média, a redução no faturamento foi de 36%. Além disso, 83% dos entrevistados relataram que o fluxo de clientes também caiu.

No decorrer de 2024, as empresas buscaram se adaptar: 33% adotaram novas estratégias de venda, sendo que 23% mudaram o horário de atendimento e 13% reduziram o quadro de funcionários.

Em duas a cada dez empresas, foi preciso demitir colaboradores.

O levantamento foi realizado pela CDL Cuiabá para compreender melhor os desafios que as empresas estão tendo durante a implantação do BRT na capital do estado.

Nos últimos dias, a entidade tem dialogado com Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá para evitar que os prejuízos continuem em 2025.

Em discussão, estão tanto o ISSQN, Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, e o IPTU, Imposto Predial e Territorial Urbano, na esfera municipal, como o ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, no âmbito estadual.

Na avaliação do presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam, é preciso a adoção de um regime tributário excepcional, temporário e diferenciado para comércio e prestadores de serviço que foram prejudicados pelas obras do BRT.

Ele reafirmou que a CDL está aberta para negociar a melhor solução junto com o Poder Público.