MT vai trabalhar para recuperar pastagens degradadas e elevar o PIB em até 12%

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina

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Mato Grosso atua para recuperar quatro milhões e 400 mil hectares de pastagens degradadas no estado até 2030, seguindo o Plano para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, o Plano ABC+.

O resultado desse trabalho deve elevar o PIB do Estado em 5,5% e, se considerar a integração lavoura-pecuária-floresta, a projeção de elevação do PIB é de 12%.

Os dados foram apresentados na última terça-feira, na Acrimat, Associação de Criadores de Mato Grosso, durante o workshop “Impactos da Recuperação de Pastagens Degradadas em Mato Grosso”, que reuniu a equipe gestora estadual do Plano ABC+.

No Brasil, a meta é recuperar 30 milhões de hectares de áreas de pastagens até 2030, o que deve gerar incremento de 1,22% no PIB brasileiro.

Contudo, o impacto é maior em estados com base econômica no agronegócio como Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

Segundo a pesquisadora do Grupo de Políticas Públicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, Marcela Araújo, os produtores rurais, sejam por meio de crédito ou pelo próprio bolso, vão investir cerca de 13 bilhões reais para recuperar os 30 milhões de hectares até 2030, vai retornar para a economia cerca de 151 bilhões de reais.

Segundo a pesquisadora, é um retorno de quase 11 vezes sobre o investimento.

No estudo elaborado pelo Grupo de Políticas Públicas sobre os impactos econômicos da recuperação das pastagens degradadas em Mato Grosso, ela aponta que na integração lavoura-pecuária-floresta o retorno é ainda maior. Os mesmos 13 bilhões em investimentos dariam retorno de 189 bilhões de reais aos produtores, ou seja, 14 vezes superior.
Os impactos de recuperar as áreas degradadas vão além da questão econômica ao setor produtivo, seja para recuperar os pastos para pecuária intensiva, conversão em lavouras ou para integração lavoura-pecuária-floresta.

Existem ainda impactos sociais e ambientais. Um deles é o sequestro de carbono pelo solo com a melhoria da pastagem.