| Moraes manda prender empresário e afasta prefeito de Tapurah por conspiração contra a posse de Lula.mp3 |
Foto da manchete: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A Polícia Federal prendeu, em Brasília, na última terça-feira, o empresário bolsonarista Milton Baldin, que é de Juruena, em Mato Grosso.
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e cumprida pela Polícia Federal.
A suspeita é de que ele seja um dos financiadores dos atos antidemocráticos na capital federal.
Outros líderes das manifestações antidemocráticas em Mato Grosso devem ser presos antes da posse do novo presidente. Cerca de 30 pessoas estão na mira da PF aqui no estado, a maioria do município de Sorriso.
No momento da prisão, Milton Baldin participava de um ato golpista em frente ao Quartel General do Exército no Distrito Federal, onde os manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições de outubro estão acampados.
No fim de novembro, o empresário convocou caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo, os chamados de CAC’s, para participarem de atos contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Baldin convocou atiradores para impedirem a posse de Lula no dia 1º de janeiro.
E nesta quarta-feira, Alexandre de Moraes determinou o afastamento imediato do prefeito da cidade mato-grossense de Tapurah, Carlos Alberto Capeletti, por ter atuado para incentivar a viagem de caminhões para Brasília, para reforçar os atos que pedem golpe militar no país.
Além do afastamento, Capeletti terá que pagar uma multa no valor de 100 mil reais.
Moraes justificou a decisão, argumentando que a atuação do prefeito tem a “inequívoca intenção de subverter a ordem democrática".
Moraes disse ainda que "o potencial danoso das manifestações ilícitas fica absolutamente potencializado considerada a condição financeira dos empresários apontados como envolvidos nos fatos”.
"Esse cenário, portanto, exige uma reação absolutamente proporcional do Estado”, reforçou o ministro do STF.
O afastamento de Carlos Capeletti, será de 60 dias, período em que a cidade deve ser administrada pelo vice-prefeito, Odair Cesar Nunes.