| Ministra Damares teme um genocídio entre os Xavantes por causa da pandemia de Covid-19.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, teme um genocídio entre os Xavantes caso medidas urgentes não sejam tomadas para conter o avanço da covid-19 nas aldeias a região do Araguaia.
Durante reunião, esta semana, com o senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, e o prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias, a ministra assumiu o compromisso de discutir com o presidente Jair Bolsonaro e o Comitê Nacional de Articulação das Ações de Enfrentamento ao Coronavírus a definição de ações de combate à proliferação dos casos de covid-19 nas aldeias indígenas, especialmente entre o povo Xavante, na região de Barra do Garças.
“Os Xavante se deslocam em grupo e acabam se contaminando nas cidades e levando o vírus para as aldeias”, alertou a ministra.
Damares garantiu que vai levar as reivindicações ao presidente Bolsonaro e ao Comitê as sugestões feitas pelo senador e pelo prefeito de implantação de barreiras sanitárias, da criação de um hospital de campanha com 20 leitos e a presença do Exército para evitar o deslocamento dos indígenas.
“Pedi essa interferência pessoal da ministra porque se trata de uma questão humanitária”, disse o senador.
Segundo o prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias, a situação é dramática já que a cidade é referência para casos de média e alta complexidade e atende a uma população de 400 mil pessoas, incluindo os moradores de alguns municípios de Goiás que fazem divisa com Mato Grosso.
Com 98% de ocupação dos leitos de UTI, o sistema de saúde de Barra do Garças está em colapso, agravado pelo alto índice de casos de indígenas contaminados pelo covid-19.
Existem cerca de 22 mil indígenas vivendo na região do Araguaia em aldeias muito próximas às cidades.