| Mato Grosso não tem mais profissionais para abrir leitos de UTI. Secretário ressalta importância do isolamento social.mp3 |
Por Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Mato Grosso tem 547 leitos de UTI, Unidade de Terapia Intensiva, exclusiva para tratamento da Covid-19, neste mês de março.
O número é 30,8% maior em comparação com o mês de dezembro de 2020, quando eram quatrocentas e 18 UTIs Covid-19, e a pandemia estava mais controlada.
Segundo o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, de abril de 2020 até agora, o número de leitos abertos cresceu exponencialmente, pois todos os esforços foram empenhados para o enfrentamento da doença.
Figueiredo afirma que o atual problema não é apenas abrir leitos, pois só em 2021 foram abertos 129, a população precisa ter consciência da urgência do isolamento social e das medidas de biossegurança, caso contrário, não vão existirleitos suficientes nunca.
Para ele, o índice de isolamento social, que em Mato Grosso está em torno de apenas 30%, deveria ser de ao menos 50% para reduzir o contágio da Covid-19 entre as pessoas.
Conforme a comunidade internacional, o isolamento social é uma das medidas mais eficazes para a redução da transmissão da doença, permitindo também a redução do número de casos e óbitos, além da necessidade de internações.
O secretário argumenta que apesar de continuar o trabalho para abertura de leitos, a taxa de ocupação das UTIs permanece acima de 90%, e que por isso, é preciso que toda a população tenha consciência e adote as medidas de segurança em saúde, e principalmente, pratique o isolamento social, saindo apenas quando for realmente necessário.
O secretário pontuou que outra dificuldade se dá em relação a falta de profissionais intensivistas para atuar nas unidades de saúde.
De acordo com Gilberto, Mato Grosso tem recursos, tem equipamentos, porém, a falta de médicos especializados é que mais preocupa, pois impede a abertura dos leitos de UTI na velocidade necessária.