Mato Grosso foi o terceiro estado em número de mortes violentas contra pessoas LGBT+

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Foto da manchete: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

Texto do áudio:

 

O Brasil registrou 291 mortes violentas de pessoas LGBT+ ou movidas por LGBTfobia no ano passado, o que representa aumento de mais de 8% em relação a 2023.

Os dados fazem parte do relatório anual da Organização Grupo Gay da Bahia, a mais antiga da América Latina.

De acordo com o levantamento, o país segue como líder desse tipo de crime entre as nações que realizam estudos sobre o tema.

Os dados relativos a 2024 representam um óbito violento a cada 30 horas. 

O relatório revela ainda que Mato Grosso só fica atrás de São Paulo, que teve 53 casos, e Bahia, com 31 registros de mortes de gays, lésbicas, travestis e outras pessoas da população LGBT+.

Em 2024, Mato Grosso ficou na terceira posição no ranking nacional de mortes violentas de pessoas LGBT, com 24 casos registrados.

A capital, Cuiabá, aparece com cinco mortes, destacando-se proporcionalmente como uma das capitais mais violentas para a comunidade LGBT.

A maioria das vítimas registradas era composta por gays, sendo 165 casos, e mulheres trans ou travestis, com 96 casos. Também foram contabilizadas 11 mortes de lésbicas.

Os métodos mais comuns utilizados nos crimes foram arma branca, em 65 casos, arma de fogo, em 63 ocorrências, e espancamento em 32 casos, refletindo a brutalidade e a violência direcionadas a essa população.

A lista também inclui asfixia e apedrejamento e relatos de tortura, esquartejamento e carbonização de corpos.

Esses números destacam a necessidade urgente de políticas públicas voltadas à proteção da comunidade LGBT+, que ainda enfrenta altos índices de violência.