| 05 Mais da metade dos casais mato-grossenses mantém o nome de solteiro depois do casamento.mp3 |
Foto da manchete: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Ana Rosa Lima
Texto do áudio
O comportamento dos casais em Mato Grosso mudou de forma significativa nos últimos anos.
Dados dos Cartórios de Registro Civil do estado revelam que, em 2024, mais da metade das celebrações terminou sem qualquer alteração de sobrenome pelos cônjuges.
O percentual chegou a 54,3%, marca que consolida uma tendência que ganhou força especialmente a partir de 2020, quando o índice chegou a 50,4%.
O cenário representa uma mudança importante no perfil dos casamentos mato-grossenses.
Em 2003, início da série, manter o nome de solteiro ocorria em apenas 18% das celebrações.
Desde então, o crescimento foi constante, com aceleração nos últimos anos.
Em números absolutos, o estado contabilizou 19 mil e cinco casamentos em 2024, sendo que 10 mil 320 deles foram realizados sem qualquer alteração de sobrenome.
Em 2003, para comparação, o total de casamentos foi de 10 mil 310, dos quais mil 860 tiveram essa mesma opção.
Os dados foram compilados pela Anoreg, Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso.
Em 2002, com a entrada do novo Código Civil passou a ser opcional adotar ou não os sobrenomes no casamento. Outra novidade foi a possibilidade de inclusão pelo homem do sobrenome da mulher, fato que teve pouca adesão, já que ocorre em apenas 1,62% dos matrimônios.
Em 2003, em números absolutos, de um total de 10 mil 310 casamentos, em apenas 60 casos o homem adotou o sobrenome da mulher.
No último ano, esta opção aconteceu em 307 celebrações, entre um total de 19 mil e cinco casamentos.