| Governo Bolsonaro cria força tarefa para convencer caminhoneiros a desistirem do bloqueio de rodovias.mp3 |
Foto da manchete: reprodução Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Depois de paralisar rodovias em pelo menos 15 Estados brasileiros, inclusive Mato Grosso, entre quarta-feira e quinta-feira, os caminhoneiros desmobilizaram os protestos que faziam a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro.
O recuo aconteceu após um pedido feito pelo próprio Bolsonaro via áudio, cuja veracidade precisou ser confirmada pelo Ministério da Infraestrutura.
Sonora: Ministro Tarciso de Freitas
Em seu último boletim, divulgado na tarde desta quinta-feira, a pasta da Infraestrutura destacou que nenhum Estado registrava mais interdições em rodovias federais.
Os protestos dos caminhoneiros começaram nesta quarta, um dia depois dos atos insuflando a desobediência ao Supremo Tribunal Federal, promovidos em todo pais pelo presidente Jair Bolsonaro.
A princípio, não estava claro se o protesto era majoritariamente formado por motoristas autônomos ou encabeçado por empresas de transporte.
“Está todo mundo unido, agronegócio, caminhoneiros autônomos, empresas transportadoras. O povo brasileiro está revoltado com as ações do STF. Em breve o Brasil inteiro vai parar”, afirmou o representante da Associação dos Transportadores de Combustíveis e Derivados do Rio de Janeiro, Ailton Gomes.
A situação só começou a mudar quando Bolsonaro gravou um áudio à categoria pedindo a desmobilização da greve:
Sonora: Bolsonaro
Em Mato Grosso, a Justiça Federal já tinha determinado que a Polícia Rodoviária Federal realizasse o desbloqueio das rodovias.
Para desmobilizar o protesto dos caminhoneiros, o governo Bolsonaro escalou um time de ministros para fazer apelos aos manifestantes.
Por causa da vocação agrícola do Estado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi a escolhida para sensibilizar os manifestantes que bloqueavam estradas em Mato Grosso.
Sonora Ministra Tereza Cristina
A Justiça Federal em Mato Grosso estabeleceu multa de cinco mil reais para aqueles que se recusarem a cumprir a ordem de desbloqueio.