Freezer recheado de celulares leva diretor da Penitenciária Central do Estado e PMs para a cadeia

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Da redação - Sapicuá Radio News

 

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu nesta terça-feira sete mandados de prisão e oito ordens de busca e apreensão, como parte da operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.

Ao todo, cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado tiveram mandados de prisão decretados.

Na oportunidade, foram presos o diretor da Penitenciária Central do Estado, Revétrio Francisco da Costa, o subdiretor da unidade, Reginaldo Alves dos Santos, e os policiais militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo Souza de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.

 

Todos eles são suspeitos de facilitar a entrada de aparelhos celulares no presídio.

 

As apreensões dos celulares aconteceram no dia seis de junho. Na ocasião, os agentes localizaram 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido. 

Todo o material estava dentro da porta de um freezer, que foi deixado na unidade para ser entregue a um detento líder do Comando Vermelho.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que no mesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção.

"Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.  

Apontados como líderes do Comando Vermelho, Paulo Cesar da Silva, o Petróleo, e Luciano Mariano da Silva, o Marreta, também tiveram a prisão preventiva decretada durante a Operação.

Segundo o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Stringueta, no “mercado” dentro da penitenciária os celulares custariam 400 mil reais.  Ele afirmou que isso foi descoberto durante as investigações.

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, em audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira, manteve a prisão preventiva dos cinco alvos da "Operação Assepsia", deflagrada pela Polícia Civil.

Comentar

Texto puro

  • Nenhuma tag HTML permitida.
  • Quebras de linhas e parágrafos são gerados automaticamente.
  • Endereços de páginas da Web e endereços de e-mail se transformam automaticamente em links.