| Família recorre a justiça e Adriano Silva é enterrado em Cáceres.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
O corpo do presidente da Fapemat, Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso, Adriano Silva, de 49 anos, que morreu com suspeita de Covid-19, na última quarta-feira, foi enterrado no cemitério São João Batista, em Cáceres, onde ele morava.
Sem velório, familiares e amigos fizeram um cortejo para o último adeus ao ex-reitor da Unemat.
O corpo de Adriano Silva foi levado para Cáceres depois que a família entrou com um pedido na Justiça, já que ele faleceu em Cuiabá e a regra é sepultar no mesmo local da morte, em casos de coronavírus, ou suspeita da doença.
Adriano foi internado com suspeita de Covid-19 no dia 1º de junho, no Hospital São Luiz de Cáceres. O quadro piorou e a família pediu a transferência dele para um hospital particular em Cuiabá.
Durante a transferência, ele sofreu duas paradas cardíacas e no início da noite de quarta-feira, morreu.
Adriano Silva iniciou sua carreira política como reitor da Unemat, no início desta década. Em 2014, disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PP e ficou como 1º suplente, assumindo a cadeira por alguns meses.
Já em 2018, se filiou ao DEM e tentou uma vaga como Deputado Federal. Recebeu cerca de 30 mil votos, mas não se elegeu.
No início de 2019, o governador Mauro Mendes nomeou Adriano Silva presidente da Fapemat, cargo que ganhou "status" de secretário recentemente. Ele era pré-candidato a prefeito de Cáceres.
O resultado do exame que pode confirmar a Covid-19 sai nesta sexta-feira. A esposa e os filhos de Adriano estão em isolamento domiciliar, e não puderam acompanhar o cortejo.
O prefeito de Cáceres, Francis Maris, do PSDB, decretou luto de três dias pela morte do morador. "Neste período, as bandeiras, em sinal de pesar, ficarão hasteadas a meio mastro no edifício da Prefeitura Municipal", diz o decreto.
