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Renata Martins - Radioragência Nacional
O Tribunal Superior Eleitoral já trabalha com a possibilidade de adiamento das eleições. A questão foi levantada nesta quinta-feira, durante sessão virtual que elegeu o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso como presidente da Corte Eleitoral.
Barroso tomará posse em maio. É ele quem vai comandar o processo das eleições municipais de 2020.
Durante fala após o anúncio que o proclamou eleito, Luís Roberto Barroso afirmou que o adiamento das eleições já é considerado pelos ministros do TSE, por causa da crise instalada pelo novo coronavírus.
“Ainda é cedo para nós termos uma definição se a pandemia vai impor um adiamento das eleições, mas essa é uma possibilidade com a qual nós, evidentemente, já trabalhamos. Porque a nossa maior preocupação é com a saúde da população, e se não houver condições de segurança para a realização das eleições, como conversamos na última vez em que nos reunimos, ainda informal e administrativamente, nós evidentemente teremos que considerar o adiamento.”
De acordo com Barroso, se houver adiamento, será por período mínimo. E destacou que os sete ministros do TSE são contrários a qualquer proposta de cancelamento do pleito para que as eleições para prefeito e vereador sejam realizas apenas em 2022, casadas com a votação para presidente, governador, senador e deputados.
“Todos nós consideramos que as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, assim que as condições de saúde pública permitam, nós queremos realizar as eleições.”
Uma eventual mudança na data das eleições 2020 precisa passar pelo Congresso Nacional. A data está prevista na Constituição.
Luís Roberto Barroso substituirá a ministra Rosa Weber. O ministro Luiz Edson Fachin foi eleito vice-presidente da Corte. Os dois cumprirão mandato até 28 de fevereiro de 2022.
A eleição para o comando do TSE foi realizada por meio de uma urna eletrônica itinerante, que colheu os votos dos sete ministros, em seus endereços.