Durante manifestação em Cuiabá, profissionais da enfermagem pedem aprovação do piso salarial da categoria.mp3 |
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Profissionais da enfermagem que atuam em Cuiabá e Várzea Grande realizaram uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira.
Eles cobram aprovação do Projeto de Lei, que cria o piso salarial para a categoria.
A cobrança é uma pauta nacional e os trabalhadores solicitam apoio dos deputados de Mato Grosso para que seja estabelecido salário mínimo para os enfermeiros.
O projeto, que tramita no Senado, institui o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira.
A proposta prevê que enfermeiros recebam sete mil 315 reais por jornada de 30 horas semanais, com acréscimo para horas extras.
Já o valor para técnico de enfermagem seria cinco mil 120 reais.
Segundo a conselheira do Coren, Conselho Regional de Enfermagem, Lígia Cristiane Arfeli, o salário praticado hoje em Mato Grosso é de dois mil e 500 a três mil reais para enfermeiros.
Os técnicos ganham mil e 500 reais, que com alguns benefícios pode chegar a dois mil.
Mato Grosso tem 32 mil servidores na enfermagem, sendo que 70% está concentrado na Baixada Cuiabana. Essa quantidade de profissionais engloba enfermeiros, técnicos e auxiliares.
De acordo com a conselheira, grande parte dos profissionais tem dupla jornada para complementar a renda.
“Se expondo duas vezes ao risco de contaminação. Nós já perdemos 53 profissionais para a covid no estado”, lamentou a conselheira.
Segundo o Coren, o projeto que cria o piso salarial dos trabalhadores da área de enfermagem conta com o apoio dos três senadores de Mato Grosso. Campos, do DEM, Carlos Fávaro, do PSD, e Wellington Fagundes, do PL.
O protesto em Cuiabá serviu ainda para marcar o Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, celebrado anualmente em 12 de maio.