Doação de órgãos: especialistas apontam que mitos e desinformação levam à recusa familiar

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LOC.: Quase metade das famílias brasileiras ainda recusa a doação de órgãos. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 45% dos familiares dizem não ao serem consultados.

Especialistas apontam que mitos, medos e falta de conhecimento sobre o processo de doação estão entre os fatores responsáveis por essas recusas.

Segundo a enfermeira Carolina de Fátima Couto, do Sistema Nacional de Transplantes, é essencial que a população compreenda que a doação de órgãos só ocorre após a confirmação da morte encefálica.

TEC./SONORA: Carolina de Fátima Couto, enfermeira do Sistema Nacional de Transplantes (SNT)

“É fundamental que as pessoas saibam que a doação de órgãos só acontece após a confirmação de morte encefálica, que é diagnosticada de forma muito rigorosa por critérios médicos e legais. Nesse momento, a família é consultada e tem a palavra final sobre a autorização da doação.”

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LOC.: A enfermeira ainda destaca que entre os mitos mais comuns está a ideia de que médicos se esforçam menos para salvar pacientes que são potenciais doadores. Ela esclarece:
TEC./SONORA: Carolina de Fátima Couto, enfermeira do Sistema Nacional de Transplantes (SNT)

“A prioridade sempre é salvar vidas e a doação só é cogitada quando não há mais possibilidade de recuperação.”

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LOC.: Outro equívoco recorrente é acreditar que idade ou estado de saúde impedem a doação. Carolina reforça que cada órgão é avaliado individualmente:

TEC./SONORA: Carolina de Fátima Couto, enfermeira do Sistema Nacional de Transplantes (SNT)
“Na realidade, cada órgão é avaliado individualmente e até pessoas idosas, crianças, bebês, podem ser doadores.”

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LOC.: A aparência do corpo após a doação também gera dúvidas. A enfermeira Gislaine de Albuquerque, da equipe de transplantes do Hospital Brasília, explica que o corpo é recomposto com respeito, o que garante um sepultamento digno.

TEC./SONORA: Gislaine de Albuquerque, enfermeira da equipe de transplantes do Hospital Brasília

“O corpo do doador vai ser todo recomposto, então a família vai receber o corpo para o sepultamento da mesma forma que ela iria receber caso ele não fosse um doador de órgãos.”

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LOC.: A doação de órgãos é um processo ético, transparente e regulamentado pelo Sistema Nacional de Transplantes. Um único doador pode beneficiar até oito pessoas com órgãos e dezenas com tecidos.

“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador.

Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.