Discriminação. AMM diz que o prefeito de Cuiabá age de forma “separatista” com os pacientes do interior

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB, tem reclamado constantemente que a superlotação dos hospitais da capital é por causa de pacientes do interior do Estado.  

 

Nesta segunda-feira, Pinheiro voltou a afirmar que 65% dos internados com diagnóstico de covid-19 são de outras cidades de Mato Grosso.

 

Por outro lado, o Presidente da AMM, Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, disse que as afirmações de Emanuel Pinheiro não são justificativas para o colapso na Saúde, uma vez que todos os pacientes são regulados pelo SUS, Sistema Único de Saúde, e que esse tipo de atendimento é pago pela União ao município de Cuiabá.

 

“Onde tiver leito hospitalar, o SUS pode regular paciente de qualquer lugar. Inclusive, Mato Grosso já regulou pacientes para outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás e Nordeste. Eu espero que a fala do prefeito não seja no sentido de que pacientes do interior não são bem-vindos em Cuiabá, porque ele tem um sistema pleno e é para receber pessoas de todo Estado”, lembrou Neurilan.

 

O presidente da AMM disse ainda que a capital recebeu, sozinha, mais da metade de todo o dinheiro enviado pelo Ministério da Saúde no combate à pandemia. Foram cerca de 90 milhões para as 141 cidades de Mato Grosso, e desse valor, quase 43 milhões de reais ficaram em Cuiabá, justamente por ser Gestão Plena.

 

“Espero que essa fala do prefeito Emanuel não seja separatista. Nem que ele esteja querendo justificar o colapso na saúde de Cuiabá por conta do interior, sendo que não tem estrutura lá. Vai continuar vindo pacientes, enquanto não houver maior investimento na Saúde no interior, porque o sistema é único e Cuiabá é gestão plena”.

 

“Os municípios fizeram uma espécie de convênio para poder mandar pacientes e nesse convênio Cuiabá recebe, eles pagam para Cuiabá. Quando atendem um paciente de Rosário Oeste, por exemplo, quem fica com o recurso daquele atendimento é Cuiabá pelo SUS. Foi feito esse acordo. Isso é regulado”, concluiu Neurilan Fraga.

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