DEU COM UMA MÃO E TOMOU COM A OUTRA. Presidente do TJ/MT manda magistrados e servidores devolverem “vale peru”

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Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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O “vale peru” no valor de 10 mil reais pago a juízes e servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso deve ser devolvido aos cofres públicos após a determinação do CNJ, Conselho Nacional de Justiça, que mandou suspender o bônus de Natal.

A medida foi tomada pela presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Clarice Claudino da Silva, que havia assinado o pagamento do auxílio excepcional.

De acordo com dados do Portal Transparência, um total de cinco milhões de reais foi depositado na conta dos magistrados, mesmo após a suspensão do benefício pelo CNJ.

Já a assessoria do poder judiciário afirma que, na verdade, o valor pago aos juízes foi de três milhões e 200 mil reais, que agora será devolvido.

Segundo a presidente do Tribunal de Justiça, quando o CNJ fez a intimação de suspensão do 'vale-ceia', o pagamento já havia sido operacionalizado e não foi possível efetivar o cumprimento.

De acordo com a determinação, os magistrados devem fazer a devolução em um pagamento único, enquanto os servidores vão devolver o dinheiro de forma parcelada, para causar menos impactos.

O ressarcimento será feito por meio do desconto de 13 parcelas de 617 reais nos salários, ou seja, os servidores só vão parar de pagar em 2026.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, Rosenwal Rodrigues dos Santos, afirmou que vai recorrer da decisão que determina a devolução do 'vale-peru' concedido aos servidores do TJ.

De acordo com o sindicalista, os servidores não devem devolver o que receberam de 'boa-fé'.