Desemprego cresce 27,6% em quatro meses

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Por Lígia Souto - Rio de Janeiro

O número de desempregados voltou a subir no Brasil e atingiu 12,9 milhões de pessoas em agosto. Com isso, a taxa de desocupação passou de 13,1% para 13,6% na virada de julho para o mês passado. O resultado também sinaliza alta de 27,6%, se comparado com os números de maio, quando o contingente de brasileiros sem emprego era de 10 milhões.

Os dados são da Pnad Covid Mensal, divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e representam a maior desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em maio.

Segundo Maria Lúcia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, além das variações negativas no nível de população ocupada, a alta se explica pela retomada da busca por emprego.

A região Sul foi a única a apresentar queda na população desocupada, enquanto Nordeste e Norte registraram as maiores variações. 

Em agosto, a taxa de  desemprego foi maior entre as mulheres, chegando a 16,2%. No caso dos homens, o índice ficou em 11,7%. O quadro se repete em todas as grandes regiões do país.

No que se refere à cor ou raça, a pesquisa aponta que o desemprego foi maior entre pretos e pardos do que na parcela da população branca. 

Em relação ao auxílio emergencial, o IBGE revela que no mês passado 30 milhões de domicílios brasileiros receberam algum benefício para combater os efeitos da pandemia.                                                                                 

Desde o mês passado, a pesquisa também divulga dados sobre o número de pessoas que realizaram algum teste para diagnóstico de Covid-19 no Brasil. Essa edição do levantamento mostra que desde a confirmação da chegada do novo coronavírus no país, 17,9 milhões de pessoas fizeram exames para saber se estavam infectadas. Destas, 21,6%, o equivalente a 3,9 milhões de pessoas, testaram positivo.

Edição: Ana Pimenta

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