Deputados de Mato Grosso podem ser convocados para depor na CPMI dos atos terroristas

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Por: Jurandir Antônio – Voz: Elaine Coimbra

Texto do áudio:

A CPMI, Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, criada para investigar os atos antidemocráticos de oito de janeiro, quando foram invadidas e depredadas as sedes dos três Poderes, em Brasília, deve convocar pelo menos três parlamentares de Mato Grosso para depor.

Os deputados José Medeiros, Abílio Brunini, e a Coronel Fernanda, todos do PL, podem prestar esclarecimentos à CPMI do Congresso Nacional, que investiga também as manifestações públicas e em redes sociais de agentes políticos contra o resultado das eleições.

A deputada Coronel Fernanda já é investigada pelo STF, Supremo Tribunal Federal, por suposto financiamento dos atos golpistas, e por isso deve ser convocada.

Medeiros foi um dos primeiros a acusar, sem provas, que houve fraude no segundo turno das eleições em que o ex-presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado.

O parlamentar usou ainda as redes sociais para disseminar informações falsas sobre as urnas e o resultado das eleições, bem como apoiando os manifestantes que ocupavam estradas e protestavam em frente a quartéis pelo país. 

O mesmo aconteceu com o deputado federal Abilio Brunini. Em diversas publicações, o parlamentar repetia informações falsas de que ocorreram irregularidades nas eleições.

Abílio também chegou a desqualificar a destruição do Congresso Nacional em uma live, afirmando que não houve quebra-quebra em Brasília. 

O presidente da CPMI é o deputado federal Arthur Maia, do União Brasil da Bahia, e a relatora é a senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão. A comissão conta com 32 membros entre deputados e senadores. O deputado Emanuelzinho, do MDB, é o único parlamentar de Mato Grosso que integra a CPMI. Ele está na condição de suplente.