Denúncia de superfaturamento de medicamentos na prefeitura de Cuiabá derruba secretário de Saúde

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Por Jurandir Antônio – Voz: Vinícius Antônio

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O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, pediu demissão do cargo, nesta quinta-feira, depois de ser alvo de operação deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate a Corrupção e o Ministério Público Estadual, com apoio do Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

 

Ele havia sido afastado do cargo pela Justiça.

 

A operação, apura supostos desvios em licitações voltadas ao enfrentamento da covid-19. Entre eles, o sobrepreço do medicamento Ivermectina no valor de 715 mil reais. 

 

Conforme a Polícia Civil, a investigação apontou que, na lista de produtos adquiridos sem licitação, estão comprimidos de ivermectina, com o preço unitário de 11 reais e 90 centavos. Mas, a própria Secretaria já tinha comprado o medicamento pelo valor de dois reais e 59 centavos.

 

Foi considerada uma diferença de nove reais e 31 centavos por unidade do produto, sendo detectado o sobrepreço de 400%.

 

Investigadores compararam ainda o valor do mesmo medicamento adquirido por outras prefeituras de Mato Grosso, e foi constatado o preço médico em torno de dois reais e 23 centavos.

 

Segundo o vereador Felipe Wellaton, do Cidadania, ele já tinha alertado os órgãos de controle sobre as compras superfaturadas na saúde do município.

Segundo Wellaton, as denúncias são graves.

 

Sonora – Vereador Felipe Wellaton

 

Em nota, a prefeitura de Cuiabá reiterou a lisura na compra de medicamentos durante a pandemia do novo coronavírus.

 

Já o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB, reafirmou sua confiança no trabalho da Justiça, bem como no gestor da Secretaria de Saúde.

 

Pinheiro disse ainda que achou 'estranha' a denúncia que culminou na operação desencadeada. 

 

Com o afastamento judicial do secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, sobe para quatro o número de secretários da prefeitura sob suspeita.

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