Covid-19: 91% dos alunos de 4 a 17 anos continuam estudando em casa

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Por Dayana Vítor - Brasília

Apesar de a pandemia da Covid-19 ter tirado 44 milhões de crianças e adolescentes das salas de aula de todo o Brasil desde março, 91% dos alunos de 4 a 17 anos continuam estudando em casa.

A maioria está matriculada em escolas particulares e usa a internet para continuar o ano letivo.

Apenas 63% desses estudantes recebem deveres de casa cinco dias da semana, enquanto 12% não têm atividade nenhuma, e outros 6% têm tarefas escolares apenas um dia por semana.

Esses dados constam na pesquisa do Unicef- Fundo das Nações Unidas para a Infância Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes divulgada nesta terça-feira (24). Ela foi realizada pelo Ibope de 3 a 18 de julho com mais de 1,5 mil entrevistados em todo o Brasil. O estudo analisou a situação de famílias com integrantes até 17 anos.

O chefe de educação do Unicef, Ítalo Dutra, chama atenção para os 9% de estudantes até 17 anos que estão sem nenhum tipo de ensino durante a pandemia.

Ítalo mostra-se preocupado com as desigualdades comprovadas na pesquisa, entre estudantes das escolas públicas e privadas.

Entre os alunos que continuam os estudos em casa, a maioria gasta de duas a quatro horas por dia para concluir todas as suas atividades. Isso inclui vídeo aulas e realização de tarefas escolares. A minoria estuda menos de uma hora. E 63% das famílias ajudam os alunos nas atividades.

Durante esses meses de ensino à distância, 68% das famílias com integrantes até 17 anos receberam telefonemas da escola para saber como estava o progresso dos estudantes nas atividades educativas. Já 48%, afirmaram que a instituição de ensino também ligou para saber da situação da casa e dos alunos.

Comentar

HTML restrito

  • Você pode alinhar imagens (data-align="center"), mas também vídeos, citações e assim por diante.
  • Você pode legendar imagens (data-caption="Texto"), mas também vídeos, citações e assim por diante.