| Construção da ferrovia Ferrogrão, ligando Mato Grosso ao Pará, aguarda sinal verde do TCU.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Dados divulgados pela ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, mostram que a Ferrogrão, ferrovia que vai ligar Sinop, no norte de Mato Grosso, ao Porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará, deve ter investimentos de quase 22 bilhões de reais ao longo da concessão.
O projeto, o plano de outorga, os estudos técnicos e as minutas de edital já estão no TCU, Tribunal de Contas da União, para análise.
A construção da Ferrogrão integra o pacote de projetos do Programa de Parceria de Investimentos. A previsão do governo federal é publicar o edital ainda este ano, e fazer o leilão no primeiro trimestre de 2021.
De acordo com a minuta do edital, o prazo da concessão será de 69 anos, sendo proibida a sua prorrogação.
A licitação permitirá a apresentação de propostas por meio de consórcios e por empresas estrangeiras.
O investimento previsto na implantação da ferrovia é de pouco mais de oito bilhões de reais.
A ferrovia será uma importante alternativa logística para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste por meio do Arco Norte.
Atualmente, o escoamento dessas cargas depende, em grande medida, da utilização dos portos do Sudeste e Sul.
A Ferrogrão vai transportar, pelos seus 933 quilômetros de trilhos, principalmente soja, farelo de soja e milho.
A estimativa é de que sejam transportadas mais de 20 milhões de toneladas de cargas no início da operação, prevista para 2030, e de cerca 50 milhões de toneladas ao final do período de 69 anos de concessão.
Além disso, a Ferrogrão vai gerar compensações socioambientais estimadas em 765 milhões de reais.
De acordo com o superintendente de Concessão da Infraestrutura da ANTT, Renan Brandão, a estruturação do projeto da Ferrogrão foi desafiadora sob dois aspectos: socioambiental e financiabilidade.
