Com o novo aumento, um salário mínimo só dá para comprar 155 litros de gasolina

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Foto da manchete: Agência Brasil 

Por Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, a gasolina aumentou 157,33%, segundo levantamento do Dieese, Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos.

No mesmo período, a inflação acumulada foi de 21,85%, de acordo com o Banco Central.

 Outro dado assustador é que, nesse intervalo, em apenas 50 dias, a gasolina aumentou 34,4%.

Há 38 meses, o preço médio do litro do combustível no país, de acordo com dados da ANP, Agência Nacional do Petróleo, era de quatro reais e 26 centavos.

Com esse valor, o motorista podia comprar quase 234 litros de gasolina comum com o salário mínimo da época.

Na última sexta-feira, quando entraram em vigor os novos aumentos da Petrobras, de 18,8% na gasolina, o litro do combustível ultrapassou a barreira dos sete reais em quase todos os municípios brasileiros.  

Com os novos preços, e uma média nacional estimada pela ANP em sete reais e 18 centavos por litro, o motorista compra agora, apenas 155 litros de gasolina com o salário mínimo atual, que é de mil 212 reais.

 Vale lembrar que no mesmo período de 38 meses do governo Bolsonaro, o salário mínimo foi reajustado em apenas 21,44%.

 O diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, explica que o aumento da gasolina afeta diretamente a classe média, que deixa mais dinheiro nos postos, mas também as pessoas mais pobres, normalmente as mais prejudicadas pela inflação.