Cigarrinha do milho avança nas lavouras pelo Brasil e entidade descarta vazio sanitário.mp3 |
Foto da manchete: CNA - reprodução
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A presença da cigarrinha do milho é observada nas lavouras brasileiras do cereal desde os anos 1930.
Contudo, ela vem virando uma preocupação desde 2015.
Segundo a Abramilho, Associação Brasileira dos Produtores de Milho, a implantação de um vazio sanitário para reduzir a ponte verde seria algo complicado de se pensar.
De acordo com o diretor-técnico da Abramilho, Daniel Rosa, existem diversas medidas que o produtor pode tomar para reduzir a disseminação do inseto e assim evitar que ele venha a transmitir os molicutes, provocando o enfezamento da planta e, consequentemente, perdas na produtividade.
Rosa explicou que a cigarrinha do milho começou a aumentar a partir de 2015. O estado de Santa Catarina estava crítico e agora se espalhou. Praticamente todas as regiões do Brasil estão com registro.
Entre as medidas está evitar a existência da chamada ponte verde, ou seja, plantar milho em diferentes estágios do período de chuvas e, principalmente, controlar a presença de plantas tigueras.
O diretor-técnico da Abramilho disse ainda que a cigarrinha é o grande desafio para o milho.
O milho brasileiro possui características importantes para o mercado, tanto que é comercializado para diversos países e agora começa a entrar na China.
Porém, o principal mercado comprador hoje é o Irã. Eles importam cerca de cinco milhões de toneladas ao ano.
Para o mercado interno, o diretor da Abramilho frisa não acreditar em falta de milho. De acordo com ele, cerca de 30% a 40% do cereal é exportado.